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2012 - Livro Vermelho 2013

Eugenia villaenovae Kiaersk. EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 08-05-2012

Criterio: B1ab(iii)

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

E. villaenovae é uma espécie arbustiva-arbórea endêmica da Mata Atlântica, encontrada em Floresta Ombrófila Densa e Restinga. Possui uma distribuição bastante restrita (EOO = 3.550,088 km²) e está sujeita a cinco situações de ameaça, de acordo com o número de subpopulações. Uma das ameaças é a mineração que resulta em perda da qualidade de habitat. Dessa maneira, a espécie é considerada como Em Perigo (EN) de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Eugenia villaenovae Kiaersk.;

Família: Myrtaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Dados populacionais

Barros (2008) encontrou um indivíduo da espécie em 0.3 hectare de floresta ombrófila densa no Parque Estadual da Serra da Tiririca. Sobrinho et al. (2010) encontraram um indivíduo da espécie em 0.2 hectare de floresta ombrófila densa perturbada em Nova Iguaçu.

Distribuição

Eugenia villaenovae é endêmica do estado do Rio de Janeiro (Sobral et al. 2012).

Ameaças

1.4.6 Dam
Incidência local
Severidade medium
Detalhes Na Bacia do Rio São João, a floresta Atlântica foi severamente desmatada, principalmente a partir da década de 1950, e hoje restam poucos remanescentes de vegetação bem preservada. Na Reserva Biológica de Poço das Antas as florestas aluviais foram gravemente afetadas pela construção da represa de Juturnaíba, por obras de drenagem e pela retificação do leito dos rios (Lima et al. 2006).

1.3.3.2 Selective logging
Severidade high
Detalhes Na Bacia do Rio São João, a floresta Atlântica foi severamentedesmatada, principalmente a partir da década de 1950, e hoje restam poucosremanescentes de vegetação bem preservada. Na Reserva Biológica de Poço dasAntas, a maior parte dos remanescentes sofreu com o corte seletivo e extração de lenha (Lima et al. 2006).

1.7 Fire
Severidade medium
Detalhes ​Na Bacia do Rio São João, a floresta Atlântica foi severamente desmatada, principalmente a partir da década de 1950, e hoje restam poucos remanescentes de vegetação bem preservada. Na Reserva Biológica de Poço das Antas, a maior parte dos remanescentes sofreu com a incidência de queimadas (Lima et al. 2006).

1.4.2 Human settlement
Severidade high
Detalhes A serra da Tiririca, área em que a espécie ocorre nos municípios de Niterói e Maricá (RJ), vem sofrendo uma intensa degradação resultante da expansão urbana e especulação imobiliária (Barros, 2008).

10.5 Fire
Incidência local
Severidade high
Detalhes ​A serra da Tiririca, área em que a espécie ocorre nos municípios de Niterói e Maricá (RJ), vem sofrendo ameaça por ocorrência de queimadas (Barros, 2008).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Severidade high
Detalhes A serra da Tiririca, área em que a espécie ocorre nos municípios de Niterói e Maricá (RJ), vem sofrendo ameaça por invasão de espécies exóticas (Barros, 2008).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas Reserva Biológicas de Poço das Antas (Sansevero et al. 2011) e União (CNCFlora, 2011), e no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Barros, 2008).

4.2 Restoration
Situação: on going
Observações: Na Reserva Biológica de Poço das Antas, várias áreas de Mata Atlântica vêm sendo restauradas com espécies arbóreas nativas (Sansevero et al. 2011).

Referências

- SOBRINHO, F. A. P.; CHRISTO, A. G.; GUEDES-BRUNI, R. R. Fitossociologia do componente arbóreo num remanescente de floresta ombrófila densa submontana limítrofe à Reserva Biológica do Tinguá, Rio de Janeiro, Floresta, v.40, p.111-124, 2010.

- SOBRAL, M.; LUCAS, E.; LANDRUM, L.; SOARES-SILVA, L. Myrtaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M.; DA COSTA, D. P.; KAMINO, L. H. Y.; Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro - RJ: JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO, 2009.

- SOBRAL, M.; PROENçA, C.; SOUZA, M.; MAZINE, F.; LUCAS, E. Myrtaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

- PIZO, M. The seed-dispersers and fruit syndromes of Myrtaceae in the Brazilian Atlantic forest. In: LEVEY, D.J.; SILVA, W.R.; GALETTI, M. Seed dispersal and frugivory: ecology, evolution and conservation. Wallingford: CABI Publishing, p.129-143, 2002.

- ANA ANGéLICA MONTEIRO DE BARROS. Análise florística e estrutural do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, RJ, Brasil. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro - RJ: ESCOLA NACIONAL DE BOTÂNICA TROPICAL, 2008.

- LIMA, H. C.; PESSOA, S. V. A.; GUEDES-BRUNI, R. R.; MORAES, L. F. D.; GRANZOTTO, S. V.; IWAMOTO, S.;. Caracterização fisionômico-florística e mapeamento da vegetação da Reserva Biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro, Brasil, Rodriguésia, v.57, p.369-389, 2006.

- SANSEVERO, J. B. B.; PRIETO, P. V.; MORAES, L. F. D.; RODRIGUES, P. J. F. P. Natural Regeneration in Plantations of Native Trees in Lowland Brazilian Atlantic Forest: Community Structure, Diversity, and Dispersal Syndromes, Restoration Ecology, v.19, p.379-389, 2009.

Como citar

CNCFlora. Eugenia villaenovae in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Eugenia villaenovae>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 08/05/2012 - 19:02:44